Este resultado evidencia a vulnerabilidade dos fabricantes a políticas comerciais protecionistas, mesmo para os líderes de mercado.
A gigante japonesa estimou que o impacto das taxas alfandegárias norte-americanas ascendeu a 450.000 milhões de ienes (2.618 milhões de euros) no primeiro trimestre do seu ano fiscal. Consequentemente, a empresa reviu em baixa as suas previsões de resultados para o exercício completo, antecipando agora uma queda de 44% no lucro líquido devido ao impacto continuado das tarifas.
A situação da Toyota não é isolada.
Outros grandes fabricantes japoneses e alemães, como Honda, Nissan, Grupo Volkswagen, Mercedes-Benz e BMW, também reportaram perdas ou quebras nos lucros, atribuindo-as diretamente à nova política comercial dos EUA.
O impacto varia consoante a origem da produção: os veículos exportados do Japão enfrentaram uma tarifa total de 27,5% desde abril, enquanto os provenientes da União Europeia, após acordo, passaram a estar sujeitos a uma taxa de 15%.
Esta diferenciação, ainda assim, representa um encargo substancial para as exportações europeias e para os consumidores. A situação levou o negociador-chefe japonês, Ryosei Akazawa, a deslocar-se a Washington para clarificar os termos do acordo e pressionar por uma redução das taxas sobre os automóveis.