A medida, que visa corrigir o imposto retido a mais nos primeiros sete meses do ano, terá, no entanto, um impacto significativo no acerto de contas final em 2026. O Governo implementou novas tabelas de retenção na fonte com um efeito retroativo para os meses de agosto e setembro, resultando em descontos mensais mais baixos. Por exemplo, as pensões abaixo de 1.116 euros ficam agora isentas de retenção.
A partir de outubro, entrarão em vigor tabelas definitivas, ainda assim mais favoráveis do que as aplicadas no início do ano. Esta alteração, combinada com o pagamento de um suplemento extraordinário em setembro (que não está sujeito a retenção na fonte mas é englobado no rendimento anual), levará a um aumento do imposto a pagar ou a uma diminuição do reembolso no momento da liquidação final do IRS. Simulações da consultora EY indicam que um pensionista com uma pensão de 1.500 euros poderá pagar mais 381,50 euros no acerto de contas de 2026. Embora o rendimento líquido anual aumente, os pensionistas deverão preparar-se para um acerto de contas menos favorável no próximo ano, refletindo o menor valor retido ao longo de 2025.