Este recuo abrupto, liderado pelo setor químico, evidencia o impacto antecipado das medidas protecionistas no comércio nacional.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), as vendas para os EUA, o quarto principal cliente de Portugal, diminuíram 39,4% em junho, o que corresponde a uma perda de 219 milhões de euros face ao mesmo mês do ano anterior. A queda foi sentida de forma transversal, mas os “fornecimentos industriais também se destacaram pela variação negativa (-10,8%), maioritariamente produtos químicos exportados para os Estados Unidos”.

A antecipação da entrada em vigor das taxas aduaneiras levou a um agravamento do défice da balança comercial portuguesa para 2.348 milhões de euros.

Em resposta a este cenário, o Governo português iniciou uma série de reuniões com os setores mais afetados. O ministro da Economia, Manuel Castro Almeida, reuniu-se com cerca de 30 associações setoriais que representam mais de 90% das exportações para os EUA.

Segundo o ministro, os empresários “validam as medidas do Governo para mitigar esses efeitos”.

Entre as medidas de apoio contam-se o programa “Reforçar- Competitividade, Exportação e Internacionalização”, linhas de crédito do Banco Português de Fomento (BPF) e um papel reforçado da AICEP na identificação de novos mercados.

O objetivo é claro: “Estamos a ajudar as empresas a diversificarem os mercados para os quais exportam”, afirmou Castro Almeida.