Autoridade Tributária de Moçambique Nega Diferendo Fiscal com a Galp
O presidente da Autoridade Tributária (AT) de Moçambique, Aníbal Mbalango, negou a existência de um diferendo fiscal com a Galp no valor de 162 milhões de euros. A controvérsia, no entanto, foi confirmada pela própria petrolífera e por organizações da sociedade civil, e diz respeito ao imposto sobre mais-valias da venda de uma participação da empresa portuguesa na Bacia do Rovuma. O litígio surgiu após a venda, em março, da participação de 10% da Galp na Área 4 da Bacia do Rovuma à petrolífera estatal dos Emirados Árabes Unidos, ADNOC. O Centro de Integridade Pública (CIP), uma organização da sociedade civil moçambicana, classifica o caso como um “teste à soberania económica de Moçambique”. Segundo o CIP, a AT moçambicana notificou a Galp para o pagamento de 162 milhões de euros de imposto sobre mais-valias, um valor que a própria Galp confirma ter recebido nos seus relatórios aos acionistas. A divergência reside no cálculo da mais-valia: enquanto a AT moçambicana a estima em cerca de 920 milhões de euros, aplicando uma taxa de 17,6%, a Galp “contesta a liquidação alegando uma mais-valia tributável de apenas 26 milhões de euros, um valor 35 vezes inferior”. O CIP aponta ainda uma “gritante inconsistência” no facto de a Galp reportar aos seus acionistas um ganho contabilístico de 147 milhões de euros com a mesma transação. A Galp decidiu recorrer à arbitragem internacional no Centro Internacional para Resolução de Disputas sobre Investimentos (ICSID) do Banco Mundial, uma estratégia que o CIP descreve como uma “tática conhecida como ‘guerra de desgaste’”, para forçar Moçambique a um acordo desfavorável. O governo moçambicano, por sua vez, já indicou no seu Cenário Fiscal de Médio Prazo que espera receber pagamentos de imposto sobre mais-valias da Galp em 2025 e 2026.



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