A medida, que estabelece taxas entre 10% e 50%, eleva a tarifa média efetiva dos EUA para 20,1%, o nível mais alto em quase um século, gerando apreensão nos mercados globais e entre os parceiros comerciais.

O plano tarifário, designado como "recíproco" pelo Presidente Trump, visa reequilibrar o que Washington considera serem défices comerciais desfavoráveis.

A estrutura das taxas é diferenciada: a União Europeia, o Japão e a Coreia do Sul enfrentam uma tarifa de 15%, enquanto o Reino Unido tem uma taxa de 10%. Países como o Brasil são mais penalizados, com uma taxa de 50%, e a Síria enfrenta 41%.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que o objetivo principal é "reequilibrar" o défice da balança corrente dos EUA, que em 2024 ascendeu a 1,18 biliões de dólares. Bessent admitiu que as tarifas poderão ser reduzidas ao longo do tempo, comparando-as a um "cubo de gelo a derreter" à medida que os desequilíbrios comerciais melhorem. No entanto, o secretário de Comércio, Howard Lutnick, estima que a medida possa arrecadar cerca de 50 mil milhões de dólares por mês para os cofres norte-americanos. A implementação destas taxas, que afetam uma vasta gama de produtos, desde automóveis a têxteis e ouro, já está a provocar reações, com a ONU a classificar a medida como "desanimadora" e a alertar que "todas as guerras comerciais são ruinosas".