Empresas europeias estão a desenvolver estratégias para mitigar o impacto financeiro, enquanto governos, como o da Irlanda, anunciam planos para diversificar mercados e proteger as suas indústrias mais expostas.

O setor automóvel alemão, com gigantes como Volkswagen, Mercedes-Benz e BMW, é um dos mais afetados, dado que os EUA representam um dos seus principais mercados de exportação. Embora a tarifa de 15% seja inferior aos 27,5% que vigoraram anteriormente, continua a representar um encargo significativo.

A Honda e a Toyota, no Japão, também reportaram quebras nos lucros, atribuindo-as diretamente às novas taxas.

Outro setor fortemente atingido é o das bebidas alcoólicas.

Uma coligação de 57 organizações da indústria alertou o Presidente Trump que a tarifa de 15% poderá reduzir as vendas em quase 2 mil milhões de dólares e colocar em risco 25.000 empregos nos EUA.

A medida afeta produtores europeus como a Diageo e a Pernod Ricard, precisamente antes do seu período de vendas mais forte, no final do ano. Para contornar os custos, algumas empresas de luxo, como a L'Oréal e a Moncler, estão a recorrer a uma cláusula aduaneira pouco conhecida, a "First Sale", que permite calcular os direitos com base no valor de fábrica do produto, consideravelmente mais baixo. Esta estratégia, no entanto, exige um rigoroso processo documental e acarreta riscos de auditoria, estando apenas ao alcance de grandes empresas com estruturas robustas.