Exportações Portuguesas para os EUA Afundam 39,4% Antes das Tarifas
As exportações portuguesas para os Estados Unidos registaram uma queda abrupta de 39,4% em junho, um mês antes da entrada em vigor das novas tarifas comerciais impostas pela Administração Trump. Esta contração, que representa uma redução de 219 milhões de euros em vendas, foi liderada pela diminuição nas exportações de produtos químicos e sinaliza o impacto antecipado das tensões comerciais no tecido empresarial nacional. O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou a dimensão da quebra, que contribuiu para um agravamento do défice da balança comercial de bens em 337 milhões de euros em junho. Os Estados Unidos tornaram-se o quarto principal cliente de Portugal, com o peso nas exportações a crescer de 5% em 2019 para 6,8% em 2023, o que torna o mercado norte-americano estratégico para muitas empresas nacionais. A antecipação das tarifas, que fixam uma taxa de 15% para os produtos da União Europeia, parece ter levado a uma contração preventiva do comércio. Em resposta, o Governo português iniciou uma série de reuniões com os setores mais afetados. O Ministro da Economia, Manuel Castro Almeida, reuniu-se com cerca de 30 associações setoriais, que representam mais de 90% das exportações para os EUA, incluindo os setores automóvel, têxtil, calçado, cerâmica e agroalimentar. O objetivo é "calibrar as medidas às necessidades concretas das empresas", nomeadamente através do reforço de apoios à internacionalização e capitalização, como as linhas do Banco Português de Fomento (BPF) e os concursos do Portugal 2030. O Governo assegurou que o passo seguinte será o reforço dos seguros de crédito à exportação, uma ferramenta vista como essencial para mitigar os riscos num ambiente de comércio internacional mais incerto.



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O peso das prestações de proteção social na economia da União Europeia acentuou-se no ano de 2024, representando 27,3% do Produto Interno Bruto do bloco. Segundo dados do Eurostat, a despesa total ascendeu a 4,9 mil milhões de euros, um aumento homólogo de 6,9%. Finlândia, França e Áustria lideram no esforço relativo, enquanto a Irlanda regista a percentagem mais baixa. Em Portugal, a fatia do PIB afeta a estas rubricas também cresceu.

A farmacêutica Bial anunciou hoje a cooptação de Pedro Pereira Gonçalves para o seu Conselho de Administração, na qualidade de membro não executivo. O executivo, com um percurso cimentado entre a alta finança e as políticas públicas, traz para a empresa de Porto uma visão estratégica que pretende alavancar a ambição de expansão internacional e o reforço das parcerias globais do grupo.

O PS propôs a conversão de um eventual bónus pontual nas pensões num aumento permanente, uma das cerca de cem alterações ao OE2026. Eurico Brilhante Dias garantiu que as medidas mantêm o excedente orçamental e condicionou uma eventual subida do ISP à aprovação parlamentar, destinando essa receita para baixar o IVA de alimentos.

O Plenário do Conselho Económico e Social (CES), que reuniu a 4 de novembro, defendeu “a necessidade de dotação orçamental para a concretização da estratégia Água que Une e do Estatuto da Agricultura Familiar".O CES alerta ainda para “a importância de execução das verbas previstas para o setor da Agricultura, Florestas e Pescas, para que não se repita a sub-execução prevista para 2025”.O Plenário do Conselho Económico e Social (CES) realizado na passada terça-feira, 4 de Novembro, deixou um alerta muito claro ao Governo quanto ao orçamento do Estado para 2026 em matéria de agricultura, floresta e pescas.No relatório que foi divulgado a seguir ao encontro, pode ler-se que “o CES assinala a necessidade de dotação orçamental para a concretização da estratégia “Água que Une” e do Estatuto da Agricultura Familiar”.O CES alerta ainda para “a importância de execução das verbas previstas para o setor da agricultura, florestas e pescas, para que não se repita a sub-execução prevista para 2025”.Artigo relacionadoGoverno liberta 44 milhões de euros para apoiar agricultores afetados pelos incêndios. Ainda há candidaturas a decorrerEstes alertas coincidem com os reparos feitos recentemente pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), em comunicado emitido no passado dia 14 de outubro.Num documento enviado à comunicação social, a CNA alertava que “o orçamento do Estado para 2025 previa 2 085 milhões de euros para a agricultura”, mas que, no entanto, no documento com a proposta de Orçamento para 2026, a verba que se estima que o Governo venha a executar em 2025 é “apenas de 1 346 milhões”. “Esta sub-execução motiva fortes preocupações. São cerca 739 milhões de euros que ficam que executar, mais de 35% das verbas previstas, e que tanta falta fazem ao setor”, lamentou a Confederação.“Para esconder a sua política e poder dizer que a despesa aumenta em 2026 com a agricultura, as florestas e as pescas, o Governo utiliza um estratagema que, infelizmente, já conhecemos bem de Governos anteriores, que é comparar o valor previsto para 2026, não com o orçamentado para 2025, mas com o executado”, adverte a CNA."Quase 400 milhões de euros a menos"A Confederação refere que “só assim se pode dizer que há um aumento de 25% quando na realidade, e tendo em conta as necessidades identificadas para este ano (que não se alteraram), o corte é de 19%”. Nas suas contas “são quase 400 milhões de euros a menos”.A CNA sublinha ainda que, se o Ministério da Agricultura tivesse inscrito para 2026 pelo menos, o que inscreveu em 2025, estaria anulado o excedente orçamental para 2026 previsto na contabilidade nacional, que corresponde a 263 milhões de euros”. Não haveria excedente, mas sim um défice.CNA alertou que “o OE 2025 previa 2 085 milhões de euros para a agricultura”, mas que, no OE 2026n a verba que se estima que o Governo venha a executar em 2025 é “apenas de 1 346 milhões”. “É também à custa das dificuldades dos agricultores, pescadores, pequenos produtores que este Governo pode apresentar um excedente orçamental em 2025 de 0,3% do PIB (cerca de 650 milhões de euros), porque não os executou”, lamenta a CNA, organização que tem, aliás, assento no Plenário do Conselho Económico e Social, na área de Interesse da “Agricultura Familiar e Mundo Rural”. Adélia Vilas Boas e Pedro Santos no CESSão conselheiros da CNA no CES os dirigentes Adélia Vilas Boas e Pedro Santos, na qualidade de membros efetivo e suplente, respetivamente, e que, em devido tempo, alertaram este organismo para o défice orçamento nos domínios da agricultura, florestas e pescas.O Plenário do CES, recorde-se, é constituído por 76 conselheiras e conselheiros, no qual se inclui o/a presidente, que preside ao Plenário e é eleito/a pela Assembleia da República, e quatro vice-presidentes que o coadjuvam e são eleitas/os pelo próprio Plenário.ZERO e Centro PINUS critica OE2026As críticas ao orçamento do Estado para 2026 não se circunscrevem à agricultura. Na área das florestas, a associação ambientalista ZERO e o Centro PINUS, associação que agrega os agentes da fileira do pinho, também estão pessimistas.O Plenário do CES, recorde-se, é constituído por 76 Conselheiras e Conselheiros, no qual se inclui o/a Presidente, que preside ao Plenário e é eleito/a pela Assembleia da República.Num comunicado conjunto difundido nas vésperas da aprovação do OE 2026 na generalidade, as duas organizações afirmaram que, no documento do Governo, as verbas são insuficientes para os planos que foram traçados para o setor.Artigo relacionadoExportações do setor florestal atingiram 6,4 mil milhões de euros em 2024. Segmento da madeira teve saldo negativoÉ que o Governo apresentou a 21 de março, em Vila Real, o plano estratégico "Floresta 2050", que previa investir cerca de 246 milhões de euros até 2050, mas, analisando os mapas do Orçamento do Estado para 2026, a ZERO e o Centro PINUS afirmam que “os 300 milhões de euros previstos para investir anualmente na floresta não estão garantidos”.A estratégia do Governo "Floresta 2050" continha a promessa de garantir um investimento anual de cerca de 246 milhões de euros até 2050, num total de 6,4 mil milhões de euros.O plano focava-se em quatro pilares: valorização, resiliência, propriedade e governança, e incluía medidas para a gestão de incêndios, recuperação de áreas ardidas, simplificação de processos administrativos e o lançamento de um plano nacional para plantar cinco milhões de árvores até 2030.







