A medida, no entanto, foi concebida como temporária.

Na sua resposta a um requerimento do grupo parlamentar do PS, o Ministério das Finanças, liderado por Joaquim Miranda Sarmento, sublinhou que "não vivemos hoje uma crise energética comparável à que se verificou em 2022". Além disso, o Executivo invocou o direito comunitário para justificar a não prorrogação, explicando que a diretiva europeia do IVA permite a redução da taxa apenas para a "entrega e instalação de painéis solares em residências particulares (...) e em edifícios públicos", um âmbito consideravelmente mais restrito do que a norma portuguesa, que abrangia a aquisição direta dos aparelhos de ar condicionado. A decisão surge num momento em que o Governo lança o programa E-LAR, com 40 milhões de euros para apoiar a transição de equipamentos a gás para elétricos, mas através de apoios diretos em vez de benefícios fiscais generalizados.