Isenção de IMT para jovens dispara procura e reduz oferta de casas

A isenção do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e do Imposto de Selo (IS) para jovens até aos 35 anos na compra da primeira habitação, em vigor há um ano, provocou um aumento acentuado da procura por imóveis até 324.058 euros, o que, por sua vez, levou a uma redução da oferta disponível no mercado. A medida, que já beneficiou mais de 40 mil jovens, está a reconfigurar a dinâmica do mercado imobiliário, especialmente nos grandes centros urbanos.

De acordo com uma análise do portal Idealista, a procura por casas abrangidas pela isenção total de impostos cresceu 67% no último ano, enquanto a oferta de habitação neste segmento de preço caiu 32%.

Este movimento foi particularmente expressivo em cidades como Coimbra e Leiria, onde o interesse duplicou.

Em Lisboa, a procura subiu 96%, contribuindo para uma queda de 50% na oferta de imóveis até 324 mil euros.

No Porto, o interesse aumentou 55% e a oferta diminuiu 14%.

A medida do Governo da AD, que entrou em vigor a 1 de agosto de 2024, foi destacada pelo executivo como tendo uma forte adesão, sobretudo por parte da "classe média qualificada".

No entanto, esta "corrida à compra de casa", sem um aumento correspondente na construção nova ou reabilitação, parece ter contribuído para aumentar a pressão sobre um mercado já tensionado, onde os preços continuam a subir, com um aumento homólogo de 8,5% em julho.

Em resumo

Um ano após a sua implementação, a isenção de impostos para jovens compradores de casa impactou significativamente o mercado imobiliário português. A política levou a um aumento de 67% na procura por propriedades abaixo do limite de 324.058 euros, causando uma queda de 32% na oferta disponível. Embora mais de 40.000 jovens tenham beneficiado de poupanças fiscais, a medida intensificou a pressão sobre um mercado imobiliário já tenso, especialmente nas grandes cidades.

Artigos

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São cerca 739 milhões de euros que ficam que executar, mais de 35% das verbas previstas, e que tanta falta fazem ao setor”, lamentou a Confederação.“Para esconder a sua política e poder dizer que a despesa aumenta em 2026 com a agricultura, as florestas e as pescas, o Governo utiliza um estratagema que, infelizmente, já conhecemos bem de Governos anteriores, que é comparar o valor previsto para 2026, não com o orçamentado para 2025, mas com o executado”, adverte a CNA."Quase 400 milhões de euros a menos"A Confederação refere que “só assim se pode dizer que há um aumento de 25% quando na realidade, e tendo em conta as necessidades identificadas para este ano (que não se alteraram), o corte é de 19%”. 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