A subida dos preços, impulsionada principalmente pelos alimentos não transformados como a fruta (+10%), deverá traduzir-se num aumento das rendas na ordem dos 2,2%, agravando a pressão sobre o orçamento das famílias.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), a inflação média dos últimos 12 meses sem habitação, que serve de coeficiente legal para a atualização das rendas, fixou-se em 2,16% em julho. Com base neste valor, uma renda de 500 euros poderá aumentar cerca de 11 euros mensais, enquanto uma de 1.000 euros poderá subir 22 euros. A tendência de aceleração não é exclusiva de Portugal.

Em Espanha, a inflação homóloga subiu para 2,7% em julho, devido ao aumento dos preços da eletricidade e dos combustíveis. Na Alemanha, a maior economia da zona euro, a inflação manteve-se estável em 2%, com a descida dos preços da energia a ser contrabalançada pela subida nos serviços. A persistência da inflação, especialmente nos bens alimentares, continua a ser um desafio para as famílias e um fator determinante para as políticas económicas e de habitação.