Este grupo restrito contribuiu com 27 mil milhões de euros, equivalentes a 43% do total arrecadado.
A análise detalhada dos dados, provenientes do Relatório sobre o Combate à Fraude e Evasão Fiscais e Aduaneiras, revela uma notável concentração da receita fiscal.
Em 2024, os 5.322 contribuintes sob a alçada da Unidade dos Grandes Contribuintes (UGC) — compostos por 3.720 empresas e 1.602 pessoas singulares — pagaram um montante recorde de 27 mil milhões de euros em impostos, excluindo tributos municipais. Este valor representa um aumento de três mil milhões de euros face a 2023, ano em que a sua contribuição se cifrou em 24 mil milhões, correspondendo a 41% da receita total. Embora o peso relativo de 43% tenha sido marginalmente superado em 2022 (44%), o valor absoluto alcançado em 2024 é o mais elevado de sempre. A UGC, descrita como o “radar do Fisco”, monitoriza contribuintes individuais com rendimentos anuais superiores a 750 mil euros ou património acima de cinco milhões de euros, bem como grandes empresas de setores estratégicos. Desde 2017, o número de fortunas individuais acompanhadas pela unidade especial quase duplicou, passando de 758 para 1.602.
A eficácia da UGC é também visível na sua atividade inspetiva, que nos últimos cinco anos permitiu recuperar 3,2 mil milhões de euros em impostos em falta. Só em 2024, foram concluídas 198 inspeções que resultaram na correção de 602 milhões de euros.













