Esta medida visa aproximar o imposto retido mensalmente ao valor final devido, antecipando o alívio fiscal sem necessidade de esperar pelo reembolso anual. A implementação desta medida ocorre em duas fases distintas ao longo de 2025.
A primeira, nos meses de agosto e setembro, aplica taxas excecionalmente mais baixas para compensar as retenções mais elevadas efetuadas entre janeiro e julho.
Durante este período, trabalhadores com salários brutos até 1.136 euros terão uma taxa de retenção de 0%.
O Governo explica que "em agosto e setembro vai pagar menos IRS mas também vai receber aquilo que foi pago a mais desde janeiro, logo o alívio fiscal nestes meses será mais significativo".
A partir de outubro e até ao final do ano, entrará em vigor a segunda fase, com a aplicação de taxas "normais" que, ainda assim, são inferiores às que vigoraram no início do ano. Esta abordagem tripartida ao longo de 2025 – um regime de janeiro a julho, outro em agosto e setembro, e um terceiro de outubro a dezembro – visa ajustar os descontos à redução de IRS aprovada a meio do ano.
Contudo, esta estratégia gerou debate, com o PS a questionar se a redução não seria "excessiva", podendo levar a uma diminuição dos reembolsos ou a um aumento do imposto a pagar em 2026.
Em resposta, a secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, defendeu que a medida promove a liquidez imediata das famílias, afirmando que "as pessoas têm o seu dinheiro no seu bolso antecipadamente".














