Este valor recorde representa 43% da receita fiscal total do Estado, excluindo impostos municipais, evidenciando a elevada concentração da carga fiscal em Portugal.
Este montante representa um aumento de três mil milhões de euros face a 2023, ano em que o peso deste grupo na receita total foi de 41%. A UGC, descrita como o "radar do Fisco", monitoriza contribuintes individuais com rendimentos anuais superiores a 750 mil euros ou património acima de cinco milhões de euros, e um conjunto diversificado de empresas, incluindo 38% que integram grupos multinacionais e 23% que são organismos de investimento coletivo. Desde a sua criação, a UGC tem intensificado a sua vigilância, com o número de contribuintes singulares acompanhados a quase duplicar desde 2017, passando de 758 para 1.602.
A missão desta unidade, segundo o Portal das Finanças, é estabelecer uma "relação de cooperação, transparência e boa-fé" para promover o cumprimento voluntário, mas também exercer a ação de inspeção. A eficácia desta fiscalização é notória, com as inspeções a este grupo a resultarem na recuperação de 3,2 mil milhões de euros em impostos nos últimos cinco anos. Só em 2024, foram concluídas 198 inspeções que levaram à correção de 602 milhões de euros de impostos em falta, sublinhando o papel fundamental da UGC no combate à evasão fiscal e na garantia da equidade do sistema tributário.














