A iniciativa, criada para combater a economia paralela, regressará com um "novo formato" a ser divulgado até ao final do ano, gerando expectativa sobre as novas regras e o destino das faturas emitidas durante a suspensão.
O sorteio foi originalmente criado em 2014 pelo governo de Pedro Passos Coelho, atribuindo automóveis de gama alta como prémio, e posteriormente alterado em 2016, já sob o governo de António Costa, para passar a sortear Certificados do Tesouro Poupança Mais. A sua suspensão no início de 2024 foi justificada pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) com a necessidade de se cumprirem "requisitos legais relacionados com o respetivo procedimento", que envolvem a articulação entre a AT e a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP). O Ministério das Finanças, agora sob a liderança de Joaquim Miranda Sarmento, confirmou que "o Governo irá retomar o concurso 'Fatura da Sorte' com um novo formato".
A principal novidade, e potencial ponto de controvérsia, é que a nova modalidade, a ser anunciada "até ao final do corrente ano", apenas considerará "elegíveis faturas emitidas a partir da data desse anúncio". Esta decisão levanta questões sobre o que acontecerá aos milhares de milhões de cupões correspondentes a faturas que os contribuintes continuaram a pedir com NIF desde janeiro de 2024, na expectativa de participarem no sorteio. Atualmente, o Portal das Finanças ainda informa os contribuintes que "as suas faturas participam no sorteio", uma informação que parece contradizer a orientação futura do Governo.













