A receita fiscal do Estado português registou um crescimento homólogo de 6,4% nos primeiros sete meses de 2025, totalizando 35.553,6 milhões de euros. Este valor representa um acréscimo de 2.126,6 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior e equivale a uma arrecadação diária de quase 200 milhões de euros. De acordo com a síntese de execução orçamental, o aumento da receita foi impulsionado tanto pelos impostos diretos como indiretos, embora com desempenhos distintos. Os impostos diretos cresceram 3,2%, sustentados pela forte subida de 14,4% na receita líquida do IRS, que reflete a evolução do emprego e dos salários. Em contrapartida, a receita líquida de IRC sofreu uma quebra de 9,6% (menos 670,1 milhões de euros), justificada pelo aumento dos reembolsos às empresas e pela redução dos pagamentos de autoliquidação.
O maior contributo para o crescimento da receita veio dos impostos indiretos, que subiram 9,1% no seu conjunto.
A receita do IVA foi a principal alavanca, com um aumento de 1.206,8 milhões de euros. Destaca-se também o desempenho positivo do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP), com um acréscimo de 11,6%, e do Imposto sobre o Tabaco, que cresceu 18%.
Este robusto crescimento da receita, superior ao aumento da despesa (5,1%), foi um fator determinante para que as Administrações Públicas registassem um excedente orçamental de 2.327,6 milhões de euros até julho, uma melhoria significativa face ao saldo de 940,9 milhões de euros no período homólogo.
Em resumoO Estado arrecadou mais 6,4% em impostos até julho de 2025, impulsionado pelo IVA e IRS, o que permitiu alcançar um excedente orçamental superior a 2,3 mil milhões de euros, apesar da quebra na receita de IRC.