Esta medida visa reformular os incentivos à fixação de jovens em Portugal, mas gera um novo dilema para os recém-diplomados.

A decisão governamental de tornar o IRS Jovem e o prémio salarial mutuamente exclusivos para novos requerentes marca uma viragem na política de apoio à juventude. Segundo o ministro da Educação, Ciência e Inovação, a "concepção de base do prémio salarial está errada e não é eficaz", defendendo que o novo modelo do IRS Jovem, mais abrangente, "vai no sentido certo de permitir a todos os jovens recuperarem rapidamente o investimento que fizeram na sua educação".

Anteriormente, os dois benefícios podiam ser acumulados.

Agora, os jovens terão de avaliar cuidadosamente a sua situação financeira para fazer a escolha mais vantajosa. O prémio salarial, no valor de 697 euros anuais para licenciados e 1.500 euros para mestres, tende a ser mais benéfico para quem aufere salários mais baixos, nomeadamente o salário mínimo, que já se encontra isento de IRS. Em contrapartida, o IRS Jovem, que foi alargado até aos 35 anos e por um período de 10 anos, oferece uma poupança fiscal que se torna mais significativa com o aumento do rendimento bruto. A medida não afeta quem já tinha submetido o pedido para o prémio salarial em 2024, que continuará a recebê-lo e poderá acumulá-lo com o IRS Jovem.

Relativamente a estes pedidos, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) confirmou que o pagamento, que se encontrava em atraso, será efetuado na segunda semana de setembro.