Esta medida reverte a anterior possibilidade de acumulação dos dois apoios, gerando um novo cenário de decisão para os recém-diplomados que entram no mercado de trabalho. A decisão representa uma viragem face à política do anterior executivo e foi justificada pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação, que considerou que "a conceção de base do prémio salarial está errada e não é eficaz".
Segundo o governante, o novo modelo do IRS Jovem, mais abrangente, "vai no sentido certo de permitir a todos os jovens recuperarem rapidamente o investimento que fizeram na sua educação com melhores salários e com melhores empregos".
O prémio salarial consiste num pagamento anual de 697 euros para licenciados e 1.500 euros para mestres, durante um período equivalente à duração do curso. Por sua vez, o novo IRS Jovem, em vigor desde 1 de janeiro de 2025, foi alargado para jovens até 35 anos, com uma duração de dez anos e limites de isenção mais elevados. A obrigatoriedade de escolha força os jovens a uma análise financeira cuidada.
Simulações indicam que para salários mais baixos, o prémio salarial tende a ser mais vantajoso, enquanto o IRS Jovem se torna progressivamente mais benéfico com o aumento do rendimento. O Governo esclareceu, no entanto, que os jovens que já se candidataram e receberam o prémio em 2024 poderão continuar a acumulá-lo com o IRS Jovem, aplicando-se a nova regra apenas a futuros requerentes.
A alteração foi comunicada num contexto de atraso no pagamento do prémio de 2024, que será regularizado na segunda semana de setembro.














