Esta medida, que reflete a descida das taxas do imposto aprovada pelo Parlamento, será seguida por uma estabilização das retenções a partir de outubro, mantendo, no entanto, um desagravamento fiscal face ao início do ano. A alteração resulta da aprovação de uma redução das taxas de IRS para quase todos os escalões de rendimento, com exceção do último. Para que o alívio fiscal tivesse efeito ainda em 2025, o Ministério das Finanças implementou um mecanismo de acerto retroativo a janeiro. Assim, as tabelas de retenção para agosto e setembro foram desenhadas para descontar um valor de imposto significativamente inferior ao habitual, compensando os montantes retidos a mais entre janeiro e julho. Por exemplo, um trabalhador solteiro com um salário de 1.000 euros viu a sua retenção mensal diminuir, resultando num ganho líquido temporário.
A partir de outubro, entrarão em vigor novas tabelas, já estabilizadas, que continuarão a refletir as taxas de imposto mais baixas, mas sem o efeito de acerto, o que significa que o salário líquido será inferior ao de agosto e setembro, mas superior ao dos primeiros meses do ano. Especialistas em fiscalidade, como a PwC, alertam que esta redução acentuada nas retenções na fonte poderá levar a reembolsos de IRS mais baixos ou mesmo à necessidade de pagar imposto adicional em 2026, aquando da liquidação final. Isto ocorre porque a retenção na fonte é apenas um adiantamento do imposto devido, e o acerto final de contas só é realizado no ano seguinte.














