A medida reflete a descida das taxas de IRS do primeiro ao oitavo escalão, aprovada pelo Parlamento.
Para compensar os valores retidos a mais desde janeiro, as tabelas para agosto e setembro são excecionalmente favoráveis, isentando de retenção, por exemplo, os salários até 1.136 euros.
Esta alteração traduz-se num alívio imediato na tesouraria das famílias.
Um trabalhador solteiro com um salário bruto de 2.500 euros, que até julho descontava 502,97 euros por mês, verá a sua retenção baixar para apenas 48,08 euros em agosto e setembro.
Contudo, a partir de outubro, entrarão em vigor novas tabelas regulares que, embora mais baixas que as do início do ano, não incluirão o acerto retroativo.
No mesmo exemplo, a retenção mensal passará a ser de 492,22 euros.
O Governo sublinha que o objetivo é "aumentar o rendimento líquido dos contribuintes e aliviar a carga fiscal das famílias".
No entanto, vários analistas e artigos alertam para uma potencial consequência no momento da liquidação final do imposto em 2026: a redução significativa da retenção na fonte agora pode resultar em reembolsos de IRS consideravelmente menores ou até na necessidade de pagar imposto adicional ao Estado.
Esta situação poderá apanhar desprevenidos os contribuintes habituados a receber reembolsos mais avultados.














