Neste contexto, jurisdições como a República Checa, a Islândia e a Eslovénia implementaram aumentos, alguns superiores a dois pontos percentuais.

Em contraste, Portugal surge como uma das três únicas exceções, juntamente com a Áustria e o Luxemburgo, ao optar por uma redução da taxa de IRC de 21% para 20%, uma medida aprovada no parlamento com efeitos a partir de 2025. O Governo agendou o debate parlamentar sobre a alteração ao código do IRC para o dia 18 de setembro, juntamente com outras propostas fiscais, como alterações aos benefícios fiscais e a introdução do regime de grupos de IVA.

A decisão portuguesa reflete uma aposta na competitividade fiscal para atrair investimento, divergindo da estratégia de consolidação orçamental através do aumento da tributação empresarial que parece estar a ganhar força a nível internacional.

Apesar da recente inversão, a OCDE nota que as taxas médias de IRC a nível global (21,1% em 2024) permanecem em valores "historicamente baixos" quando comparadas com os 28% registados em 2000.