A alteração suscita um debate sobre qual a opção mais vantajosa, com especialistas a indicarem que o novo IRS Jovem será preferível para a maioria dos casos. O Governo confirmou uma alteração significativa nos apoios fiscais para jovens qualificados, eliminando a possibilidade de acumulação do regime de IRS Jovem com o prémio salarial. Os jovens que submetam novos pedidos terão de escolher entre os dois apoios, embora os pedidos já aprovados para 2024 continuem a ser pagos. A decisão surge na sequência da reformulação do IRS Jovem, que a partir de 1 de janeiro de 2025 se tornou consideravelmente mais atrativo: a idade máxima foi alargada para 35 anos, a duração do benefício estendida para 10 anos e o requisito de nível de escolaridade foi eliminado, aumentando também o limite de isenção.

Segundo a bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), Paula Franco, “as novas regras do IRS Jovem têm valores bastante simpáticos para os jovens” e, na maioria das situações, esta opção será mais vantajosa.

A poupança fiscal obtida através da isenção de IRS, especialmente no primeiro ano em que é de 100%, tende a superar o valor fixo do prémio salarial, que é de 697 euros anuais para licenciados e 1.500 euros para mestres.

No entanto, a bastonária adverte que a análise deve ser feita “caso a caso”, pois “depende muito das questões salariais”.

Para jovens com rendimentos muito baixos, que pagariam pouco ou nenhum IRS, o prémio salarial poderá continuar a ser a melhor escolha. O Governo justifica a mudança afirmando que “a conceção de base do prémio salarial está errada e não é eficaz” e que o novo IRS Jovem é uma medida mais abrangente e com maior impacto no rendimento.