Até agora, os dois apoios podiam ser acumulados, mas as novas regras impõem uma escolha para novos pedidos.
O prémio salarial, criado pelo anterior governo, devolve anualmente 697 euros por uma licenciatura e 1.500 euros por um mestrado a jovens até 35 anos que trabalhem em Portugal.
Por outro lado, o novo regime do IRS Jovem, em vigor desde 1 de janeiro de 2025, tornou-se mais abrangente e vantajoso: a idade máxima subiu para 35 anos, a duração do benefício duplicou para 10 anos e a isenção de imposto é de 100% no primeiro ano. O Governo justifica a mudança afirmando que "a conceção de base do prémio salarial está errada e não é eficaz".
Paula Franco, bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), considera que, na maioria dos casos, o IRS Jovem será mais vantajoso, especialmente no primeiro ano.
No entanto, alerta que a decisão "depende muito das questões salariais" e deve ser analisada caso a caso.
Para um jovem com um salário mais elevado, a isenção de IRS pode representar uma poupança fiscal superior ao valor do prémio. Contudo, para quem aufere o salário mínimo e, por isso, paga pouco ou nenhum IRS, a devolução das propinas pode ser a opção mais benéfica.
Os pedidos de devolução de propinas já aprovados continuarão a ser pagos, mas os novos requerentes terão de simular ambos os cenários para tomar a decisão mais acertada.













