“Se tiver 100 empresas falsas criadas apenas com o propósito de promover uma fraude em carrossel ao nível do IVA, o grupo criminoso ganha milhões diariamente”, exemplificou.

Perante a dimensão do problema, Kovesi pediu às autoridades portuguesas a alocação de mais dois procuradores delegados, elevando a equipa para oito, e defendeu a criação de equipas policiais dedicadas à EPPO para aumentar a eficiência. A procuradora-geral enfatizou que o combate a esta criminalidade não é apenas uma questão de recuperação de fundos, mas também de “segurança interna e sobre os efeitos económicos”, e refutou a ideia de que existem países imunes, afirmando: “não há um país limpo em termos de fraude com fundos europeus”.