Por exemplo, a taxa do primeiro escalão baixou de 13% para 12,5%, e a do segundo de 16,5% para 16%, com descidas proporcionais nos escalões seguintes até ao oitavo.

Contudo, esta alteração na forma como o imposto é retido ao longo do ano tem implicações futuras.

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) alertou que a medida levará a um "aumento das notas de cobrança de IRS e redução de reembolsos" em 2026. Esta dinâmica, segundo o CFP, deverá fazer com que o consumo privado "abrande de forma expressiva em 2026".

Essencialmente, os contribuintes recebem um adiantamento do alívio fiscal ao longo do ano, o que significa que, no acerto de contas final, o valor a receber do Estado será menor ou o valor a pagar será maior do que o habitual. A medida reflete, assim, uma troca entre maior liquidez imediata para as famílias e uma potencial diminuição do tradicional "pé-de-meia" proveniente do reembolso do IRS.