Apesar de uma ligeira melhoria na perceção de eficácia, a visão geral permanece crítica, reforçando a necessidade de reformas estruturais.

O estudo revela que 60% das empresas consideram o sistema fiscal complexo e ineficaz, com 93% a classificá-lo especificamente como complexo.

Embora a perceção de eficácia tenha subido para 33%, invertendo uma tendência negativa dos dois anos anteriores, o funcionamento da justiça e o próprio sistema fiscal continuam a ser apontados como as principais desvantagens competitivas de Portugal. Questionados sobre as prioridades para tornar o sistema mais competitivo, os inquiridos destacam a necessidade de assegurar um funcionamento mais célere dos tribunais tributários, reduzir a complexidade e promover uma maior estabilidade da lei fiscal. Luís Belo, Partner da Deloitte, sublinha que estes resultados reforçam "a importância de apostar na simplificação administrativa, no funcionamento célere da justiça tributária e numa maior previsibilidade da lei fiscal, pilares essenciais para melhorar a competitividade e atrair investimento".

As conclusões do estudo validam a urgência das reformas propostas pela Comissão para a Revisão do Processo Tributário e das políticas de simplificação defendidas pelo Governo.