O Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) consolidará a política de alívio fiscal do Governo sobre os rendimentos das famílias, com uma nova redução das taxas de IRS. Esta medida, já vinculada por uma aprovação parlamentar anterior, representa uma das principais bandeiras do executivo de Luís Montenegro e visa aumentar o rendimento disponível da classe média. A proposta, que dá seguimento a uma redução já efetuada em 2025, foi consagrada através de uma norma aprovada no parlamento em julho, por iniciativa do PSD e do CDS-PP. A norma estabelece que, “em sede de Orçamento do Estado para 2026”, o Governo deve propor ao parlamento “reduzir, adicionalmente, em 0,3 pontos percentuais as taxas marginais do 2.º ao 5.º escalão”.
Com esta alteração, as taxas destes escalões passarão a ser de 15,7% (segundo), 21,2% (terceiro), 24,1% (quarto) e 31,1% (quinto).
Este compromisso legislativo torna a inclusão da medida no OE2026 praticamente certa, enquadrando-a não apenas como uma opção política, mas como uma obrigação do executivo.
A medida faz parte de um conjunto de políticas invariantes com um impacto total de 4.449 milhões de euros, sendo que a atualização dos escalões de IRS e outras medidas associadas representam um custo de 325 milhões de euros para a receita do Estado.
A intenção do Governo é clara: aliviar a carga fiscal sobre os contribuintes, uma estratégia que tem sido central na sua governação.
A descida das taxas visa mitigar o esforço fiscal das famílias, que, segundo alguns analistas, continua a ser desproporcionalmente elevado em Portugal quando comparado com a média europeia.
Em resumoA descida do IRS no OE2026 é uma medida central e politicamente vinculativa, que visa aliviar a carga fiscal sobre a classe média e dar continuidade à estratégia fiscal do Governo. A sua implementação, já com taxas definidas, terá um impacto direto no rendimento disponível das famílias em 2026, reforçando uma das principais promessas eleitorais do executivo.