A competitividade das empresas portuguesas está no centro da proposta de Orçamento do Estado para 2026, que prevê uma nova redução da taxa geral do IRC. A medida, aprovada na generalidade no parlamento antes do debate orçamental, reforça a trajetória de desagravamento fiscal para as empresas iniciada em 2025. A proposta prevê a descida da taxa geral de IRC de 20% para 19% no próximo ano, dando continuidade ao corte de um ponto percentual já implementado em 2025. Adicionalmente, o Orçamento contempla um alívio específico para as Pequenas e Médias Empresas (PME) e empresas de pequena e média capitalização, cuja taxa sobre os primeiros 50.000 euros de matéria coletável baixará de 16% para 15%. Esta redução fiscal tem um impacto orçamental estimado em 300 milhões de euros na receita do Estado.
A medida é descrita como uma das “bandeiras do Governo de Luís Montenegro” e um elemento central da sua estratégia económica para fomentar o investimento e o crescimento.
Embora a discussão e aprovação na generalidade tenham ocorrido a 19 de setembro, “à margem do OE2026”, o seu impacto financeiro está totalmente integrado nas contas do Estado para o próximo ano.
Esta aprovação prévia confere um elevado grau de certeza à sua implementação, sinalizando um consenso político que facilita a sua passagem final. A política de redução do IRC responde, em parte, às reivindicações de várias confederações empresariais, que há muito defendem um enquadramento fiscal mais competitivo para as empresas portuguesas no contexto europeu.
Em resumoA redução do IRC para 19% em 2026, complementada por um alívio para as PME, constitui um pilar da política económica do Governo. A sua aprovação parlamentar prévia confere-lhe um estatuto de certeza, sendo uma medida estrutural com um impacto orçamental significativo e destinada a fomentar a competitividade empresarial e a atração de investimento.