A organização sindical, que representa mais de 350.000 profissionais das áreas fiscal e aduaneira, apela a um plano de ação de emergência para responsabilizar estas plataformas e combater o comércio ilegal. Durante um encontro em Vilamoura, que contou com a presença de representantes dos sindicatos portugueses STI e APIT, a UFE denunciou a “exploração sistemática” das regras aduaneiras da UE por parte de plataformas de comércio eletrónico, muitas das quais baseadas na China. O presidente da UFE, Florian Köbler, descreveu um cenário alarmante: “A Europa está a ser inundada por produtos ilegais enquanto estas plataformas acumulam milhares de milhões em impostos não pagos”. Segundo a organização, cada dia de inação representa uma perda de 137 milhões de euros em receitas fiscais, para além de colocar os consumidores em risco devido à entrada de produtos inseguros e não conformes, como brinquedos com substâncias cancerígenas ou equipamentos eletrónicos com risco de incêndio. Para fazer face ao problema, a UFE propõe um plano de ação imediato que inclui a responsabilização legal direta das plataformas pelo pagamento de direitos aduaneiros e IVA, a verificação fiscal em tempo real, um regime de sanções para operadores incumpridores e um prazo máximo de 90 dias para a aplicação de medidas corretivas após a deteção de irregularidades.
Evasão fiscal promovida por plataformas digitais gera perdas na União Europeia de 50 mil milhões













