Este crescimento reforça o peso do IMT nas finanças locais e ocorre numa altura em que o Governo planeia agravar este imposto para compradores não residentes.
De acordo com a síntese de execução orçamental divulgada pela Entidade Orçamental (antiga DGO), a cobrança de IMT atingiu 1.430 milhões de euros entre janeiro e agosto, um crescimento de 28,8% em comparação com os 1.110 milhões de euros do mesmo período de 2024.
Este serviço do Ministério das Finanças atribui a melhoria a um “reflexo da dinâmica no mercado imobiliário nacional, que registou um aumento das transações imobiliárias e do seu valor”.
Este desempenho contrasta com as ligeiras quebras registadas nos dois anos anteriores.
O imposto sobre as transações imobiliárias tornou-se a principal fonte de receita fiscal para os municípios, representando agora 52,5% do total arrecadado pela administração local. Este aumento de receita surge num momento estratégico, uma vez que o Governo anunciou, no âmbito do seu novo pacote para a habitação, a intenção de propor ao parlamento um agravamento do IMT na compra de imóveis por parte de cidadãos não residentes em Portugal, com exceção dos emigrantes. A medida visa, em parte, equilibrar o custo fiscal de outros incentivos destinados a aumentar a oferta no mercado de arrendamento.













