As propostas visam aumentar a competitividade, estimular o investimento e promover o crescimento económico.
A Confederação Empresarial de Portugal (CIP), presidida por Armindo Monteiro, defende um corte de pelo menos 2 pontos percentuais no IRC no próximo ano, considerando a redução já em curso como um "sinal positivo", mas insuficiente, dado que Portugal continua com uma das tributações mais elevadas da Europa.
A CIP propõe também uma diferenciação fiscal para os lucros retidos e não distribuídos, de modo a incentivar o reinvestimento nas empresas. De forma mais ambiciosa, a Associação Business Roundtable Portugal (BRP), que reúne 43 grandes empresas, propõe "acabar com o sistema progressivo" do IRC, defendendo a eliminação da derrama estadual, que incide sobre lucros acima de 1,5 milhões de euros. Segundo a BRP, este sistema "condena o país a ter menos 41% de grandes empresas do que a média da UE". O Governo, por sua vez, já avançou com uma proposta de redução gradual da taxa geral de IRC de 20% para 19% em 2026, com o objetivo de atingir os 17% até 2028.
A bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados, Paula Franco, considera a descida positiva, mas reconhece que o equilíbrio das contas públicas limita uma redução mais acentuada e imediata.
Além da taxa geral, os empresários focam-se nas tributações autónomas, que Paula Franco descreve como "a principal forma de pagamento de imposto" para as PMEs, especialmente porque são devidas mesmo em caso de prejuízo.













