A organização, que representa mais de 350.000 profissionais das áreas fiscal e aduaneira, exige medidas de emergência para combater o que descreve como uma "guerra económica contra a concorrência leal". Num encontro em Vilamoura, que contou com a participação de sindicatos portugueses como o STI e a APIT, a UFE denunciou a "exploração sistemática" das regras aduaneiras da UE por estas plataformas. O presidente da UFE, Florian Köbler, afirmou que a Europa "está inundada por produtos ilegais, enquanto estas plataformas acumulam milhares de milhões em impostos não pagos", acrescentando que "cada dia de inação representa uma perda de 137 milhões de euros em receitas fiscais". A organização destaca que 91% dos pacotes de baixo valor que entram no espaço europeu têm origem na China, explorando a isenção de direitos aduaneiros para evitar inspeções e impostos.
Esta prática não só prejudica as empresas europeias, que cumprem as suas obrigações, mas também coloca os consumidores em risco devido à comercialização de produtos inseguros, como brinquedos com substâncias cancerígenas ou equipamentos eletrónicos com risco de incêndio. Para fazer face a esta situação, a UFE propõe um plano de ação que inclui a responsabilização legal direta das plataformas pelo pagamento de direitos aduaneiros e IVA, a verificação de impostos em tempo real antes da conclusão das transações e um regime de sanções que pode levar à exclusão do mercado europeu. A organização apela à Comissão Europeia para que implemente este regime de responsabilização até 2025, considerando o prazo da reforma aduaneira de 2028 demasiado tardio.













