As medidas visam alinhar a fiscalidade com objetivos ambientais e de competitividade. As associações ACAP, ANECRA, ARAN e AFIA defendem a criação de um programa de incentivo ao abate de veículos com mais de 10 anos, com apoios que podem chegar aos 5.000 euros na aquisição de viaturas 100% elétricas. Esta medida é vista como crucial para lidar com a idade média de 14 anos do parque automóvel nacional, que acarreta "riscos às dimensões ambiental, económica e de segurança rodoviária".

Para além do incentivo ao abate, as associações propõem uma reforma estrutural da fiscalidade automóvel. A principal proposta da ACAP é a "transferência progressiva do imposto sobre a aquisição (ISV) para o imposto de circulação (IUC), até à extinção total do ISV no final de 2030".

Esta alteração visa penalizar o uso em vez da compra. No cálculo destes impostos, sugerem uma alteração da base tributável, "reduzindo o peso da cilindrada e aumentando o peso" das emissões de dióxido de carbono (CO2). A ANECRA corrobora esta visão, defendendo "uma revisão global dos principais impostos" (IUC, ISV, IVA e ISP), afirmando que "a atual estrutura fiscal, fortemente centrada nos veículos com motor de combustão, precisa de ser ajustada à nova realidade tecnológica e ambiental".

Outras propostas incluem a redução de 10% nas taxas de tributação autónoma e a simplificação de processos fiscais e administrativos, especialmente para micro e pequenas empresas, conforme defendido pela AFIA.