Este crescimento é impulsionado tanto pelos impostos diretos como, principalmente, pelos indiretos, refletindo as previsões otimistas do executivo para o consumo e o mercado de trabalho. De acordo com o relatório que acompanha o OE2026, o aumento total de 2.828 milhões de euros na receita fiscal é composto por uma subida de 3,7% nos impostos diretos (mais 1.055 milhões de euros) e de 4,9% nos impostos indiretos (mais 1.773 milhões de euros). No campo dos impostos diretos, a receita de IRS deverá crescer 5,0% (mais 937 milhões de euros), um aumento que o Governo atribui à “evolução favorável do mercado de trabalho, tanto para o emprego, como para remuneração por trabalhador”, que mais do que compensa o efeito da redução das taxas. Em sentido contrário, a receita de IRC deverá recuar 2,0% (menos 199 milhões de euros) devido à descida da taxa. O grande motor do crescimento da receita são os impostos indiretos, com o IVA à cabeça, que deverá crescer 5,1% (mais 1.33 mil milhões de euros), refletindo o aumento esperado no consumo privado. Também se prevê um aumento na arrecadação de impostos como o ISP (+4,6%), o IUC (+5,7%) e o Imposto do Selo (+5,4%).
Esta previsão de receita recorde, equivalente a 183,74 milhões de euros por dia, demonstra que o alívio fiscal em certas áreas é contrabalançado por um aumento global da carga tributária em termos absolutos, sustentado pelo desempenho da economia.













