O STI denuncia um “colapso silencioso da investigação tributária”, afirmando que “há muito que o combate à fraude fiscal está comprometido”.
As preocupações do sindicato são corroboradas por dados do parecer do Tribunal de Contas à Conta Geral do Estado de 2024, que revelam que a dívida em cobrança coerciva atingiu um valor histórico de 28.884 milhões de euros, um aumento de 7,9% face a 2023. Deste montante, a própria AT já considera 11.406 milhões (cerca de 39,5%) como incobráveis, um valor que quase quadruplicou desde 2016. Para o sindicato, este fenómeno resulta de “decisões internas que desmantelam equipas”, da falta de investimento em recursos humanos e da transformação da AT numa “máquina burocrática, incapaz de atuar com eficácia contra os grandes esquemas de evasão”. Perante este diagnóstico, o STI exige medidas urgentes à tutela, incluindo o reforço de pessoal e valorização das carreiras, a reativação de equipas de investigação com autonomia técnica, a modernização dos sistemas de informação e a implementação de uma estratégia nacional de combate à fraude e evasão fiscal.














