O STI argumenta que esta situação não se deve apenas a fatores conjunturais, mas a causas internas, como o desmantelamento de equipas especializadas, a falta de investimento em recursos humanos e a desvalorização dos profissionais. O sindicato aponta exemplos concretos, como a inoperacionalização de planos de fiscalização e a desativação de núcleos criados durante o período da troika para acelerar a recuperação de dívida.

Segundo o STI, a investigação fiscal está a ser “deliberadamente asfixiada”.

Face a este cenário, o sindicato exige ao Ministério das Finanças a adoção de quatro medidas urgentes: o reforço dos recursos humanos e valorização das carreiras, a reativação das equipas de investigação com autonomia técnica, a modernização dos sistemas de informação e a implementação de uma estratégia nacional de combate à fraude fiscal. O STI conclui que a ausência de ação política representa uma ameaça direta à justiça fiscal e à sustentabilidade das finanças públicas.