Especialistas como Pedro Fugas e Jaime Rocha, da EY, confirmam que a extinção do SIFIDE indireto é um cenário provável.

Jaime Rocha salientou que há “muito pouco valor a retirar deste sistema”, referindo-se à sua vertente indireta, mas admitiu que existem mais de dois mil milhões de euros nestes fundos para serem investidos. A decisão alinha-se com as recomendações da Unidade Técnica de Avaliação de Políticas Tributárias (U-TAX), que apontou para uma difícil absorção dos investimentos dos fundos pelo tecido empresarial, apesar de representarem uma despesa fiscal significativa (487,7 milhões de euros em 2023). Contudo, o setor de capital de risco defende o impacto positivo do mecanismo. Um estudo da Nova SBE, citado nos artigos, indica que os créditos fiscais do SIFIDE indireto beneficiam tanto as empresas investidas como as investidoras, com um retorno do investimento para o Estado a médio prazo através do aumento da coleta de impostos. A ausência de um novo enquadramento legal para o SIFIDE cria uma “compreensível indefinição que poderá vir a ter efeitos negativos na captação de novos projetos de I&D”.