O Parlamento aprovou a criação de um novo regime de grupos de IVA, que permitirá a grupos empresariais consolidar o imposto a pagar ou a receber. A medida, que entrará em vigor em julho de 2026, visa simplificar as obrigações fiscais e otimizar a gestão de tesouraria das empresas. A nova lei, proposta pelo Governo e já promulgada pelo Presidente da República, permite que empresas com “estreitos vínculos financeiros, económicos e de organização” formem um grupo para efeitos de IVA. Na prática, a “entidade dominante” do grupo passará a submeter uma declaração consolidada com o saldo de todas as empresas-membro, embora cada uma continue a ter de entregar as suas próprias declarações periódicas.
O diploma esclarece que a consolidação “não afeta o funcionamento normal das atividades dos sujeitos passivos integrantes do grupo”, quer nas operações entre si, quer com terceiros.
O Governo informou que o modelo se baseou na experiência adquirida com o regime de tributação de grupos em IRC e nos contributos do “Fórum dos Grandes Contribuintes”.
A aprovação parlamentar não foi consensual, tendo recebido os votos favoráveis do PSD, CDS-PP, Chega e IL, a abstenção do PS, Livre, PAN e JPP, e os votos contra do PCP e BE. A medida foi tratada como um diploma autónomo, fora da proposta de Orçamento do Estado, alinhada com a estratégia do Governo de debater reformas fiscais estruturais de forma separada.
Em resumoAprovado e promulgado, o novo regime de grupos de IVA entrará em vigor em julho de 2026. A medida permite que grupos de empresas consolidem os seus saldos de IVA, simplificando a gestão fiscal e de tesouraria, embora cada empresa continue a submeter as suas declarações individuais.