Durante o debate do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, anunciou que o Governo irá manter o ritmo de descida do IRS para além de 2026, com reduções anuais de 500 milhões de euros entre 2027 e 2029. Esta nova vaga de cortes totaliza 1.500 milhões de euros em três anos e insere-se na promessa eleitoral de um desagravamento global de 2.000 milhões de euros no IRS até ao final da legislatura.

Segundo o ministro, o objetivo é garantir uma "redução sustentada da carga fiscal sobre as famílias portuguesas", proporcionando previsibilidade e estabilidade para o planeamento dos orçamentos familiares e estimulando o consumo.

Miranda Sarmento sublinhou que esta política será acompanhada por medidas de controlo da despesa pública para assegurar a sustentabilidade das contas do Estado.

Este plano de alívio fiscal plurianual sucede a uma série de desagravamentos já implementados. O ministro recordou que o OE2026 contém o quarto desagravamento do imposto "no espaço de um ano e meio", mencionando a redução aprovada no início de 2024 pelo anterior Governo socialista, a descida concretizada a meio do mesmo ano pelo atual Executivo, a atualização dos escalões no OE2025 e uma alteração de taxas em julho de 2025. Para 2026, as medidas incluem uma atualização dos escalões em 3,51%, com um custo de 300 milhões de euros, e um corte de taxas entre o 2.º e o 5.º escalões, que representará uma redução adicional de 100 milhões de euros.

O Governo considera esta estratégia "essencial para estimular a economia e valorizar o rendimento do trabalho".