Após a revogação do adicional, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, afirmou que o Governo iria “revisitar o tema da tributação desse setor e procurar outras formas de tributação que não tenham o problema da inconstitucionalidade”.
A reação do setor bancário foi imediata e contundente.
Miguel Maya, CEO do BCP, defendeu que, a existir um novo imposto, este deveria ser “transversal” e não específico para a banca, queixando-se dos “fardos que nos metem às costas, e que nos condicionam a capacidade de competir à escala global”. De forma mais incisiva, João Pedro Oliveira e Costa, CEO do BPI, questionou a justiça da medida: “Eu não pedi nada a ninguém, eu não parti nenhum copo, vou ter que pagar a festa toda?”.
Os líderes bancários argumentam que o setor já é fortemente penalizado com a Contribuição Sobre o Setor Bancário e as contribuições para o Fundo de Resolução, que no caso do BCP já ultrapassaram os 600 milhões de euros. A controvérsia instala-se entre a necessidade de o Estado compensar a perda de receita e a alegação do setor financeiro de que uma nova carga fiscal específica seria injusta, ideológica e prejudicial à competitividade das empresas portuguesas.














