A intenção, confirmada pelo Ministro das Finanças, gerou forte contestação por parte dos banqueiros, que argumentam que o setor já suporta uma carga fiscal e contributiva excessiva.
A revogação do adicional de solidariedade na proposta de Orçamento do Estado para 2026, uma consequência da sua declaração de inconstitucionalidade, resultou numa perda de receita anual de cerca de 50 milhões de euros para o Estado, que foi ainda obrigado a devolver aproximadamente 200 milhões de euros cobrados nos últimos anos. Em resposta, o ministro Joaquim Miranda Sarmento afirmou que o Governo pretende "revisitar o tema da tributação desse setor e procurar outras formas de tributação que não tenham o problema da inconstitucionalidade".
Esta possibilidade foi recebida com duras críticas por parte dos líderes dos principais bancos.
João Pedro Oliveira e Costa, presidente do BPI, questionou ironicamente: "Eu não parti nenhum copo, vou ter de pagar a festa toda?
", considerando que não existe razão para mais impostos sobre a banca, "a não ser puramente ideológica".
Miguel Maya, do BCP, partilhou da mesma opinião, defendendo que, a existir um novo imposto, este deveria ser "transversal" a vários setores.
O presidente do BCP lembrou que o setor já paga uma "Contribuição Sobre o Setor Bancário" e contribui significativamente para o Fundo de Resolução.
Também Pedro Castro e Almeida, do Santander, se opôs, afirmando que "não faz sentido nenhum estar a falar em aumento de impostos".














