A receita fiscal do Estado português registou um crescimento robusto de 5,8% até setembro, totalizando 48.014,8 milhões de euros, impulsionado pelo bom desempenho do IVA e do IRS. Este aumento contribuiu para um excedente orçamental de 6,3 mil milhões de euros, superando o valor do período homólogo e refletindo uma dinâmica económica positiva, apesar da quebra na receita do IRC. De acordo com a síntese de execução orçamental divulgada pela Entidade Orçamental, a receita fiscal aumentou em 2.618,7 milhões de euros face ao mesmo período de 2024. Os impostos diretos cresceram 2,7% (588,1 milhões de euros), justificados pela evolução da receita líquida de IRS, que subiu 7,1% devido a uma redução de 21,9% nos reembolsos. No entanto, o ritmo de crescimento da receita de IRS abrandou de 16,5% em agosto para 7,1% em setembro, após a aplicação de taxas de retenção na fonte mais baixas. Em sentido contrário, a receita líquida de IRC diminuiu 4,3%, uma evolução justificada pela redução dos pagamentos de autoliquidação. Os impostos indiretos registaram um aumento significativo de 8,5%, impulsionado principalmente pelo crescimento de 8,7% na receita de IVA.
Destacaram-se também os aumentos na receita do ISP (12,3%) e do Imposto sobre o Tabaco (10%).
Este desempenho positivo da receita, superior ao crescimento da despesa (6,3%), foi fundamental para que as Administrações Públicas alcançassem um saldo global de 6.304,1 milhões de euros, representando uma melhoria homóloga de 610,8 milhões de euros.
Em resumoA receita fiscal do Estado cresceu 5,8% para 48 mil milhões de euros até setembro, resultando num excedente orçamental de 6,3 mil milhões. O crescimento foi impulsionado por impostos indiretos como o IVA e o ISP, e por um aumento na receita de IRS devido a menos reembolsos, apesar de uma quebra na arrecadação de IRC.