No entanto, o anúncio do prazo gerou apreensão no setor imobiliário, que teme uma paralisação da atividade enquanto aguarda pela entrada em vigor do benefício fiscal. O Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, indicou que a proposta está a ser trabalhada com o Ministério das Finanças e que a sua aprovação final dependerá do processo legislativo no parlamento.

A medida abrangerá a construção de casas para venda até 648.000 euros e para arrendamento com rendas até 2.300 euros mensais, vigorando até 2029.

O Ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, já havia alertado que o "grande efeito" da medida só se sentiria a partir de 2027, devido ao tempo necessário para a aprovação e execução dos novos projetos.

A reação do setor foi imediata e crítica.

O presidente da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII), Manuel Maria Gonçalves, advertiu que a espera de seis meses "é o pior que pode acontecer porque nada vai avançar até lá", prevendo que "o mercado vai parar". Em resposta a esta preocupação, a Iniciativa Liberal já apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para que a taxa reduzida entre em vigor já a 1 de janeiro de 2026, argumentando que a emergência habitacional justifica a aplicação imediata da medida.