Por isso, ordenou à Autoridade Tributária (AT) que instaure um procedimento para a liquidação e cobrança dos tributos.

A reação do Governo foi de cautela.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, afirmou ser "extemporâneo falar-se de qualquer valor da arrecadação de imposto este ano, ou no próximo ano, ou nos próximos anos", lembrando que "qualquer contribuinte tem o direito de litigar". A EDP, por sua vez, garantiu que a transação foi "perfeitamente banal, transparente, clara" e que "pagará os impostos que forem exigidos", embora reserve o direito de contestar.

Em contraste, a decisão foi celebrada como "uma vitória" pelos autarcas dos municípios afetados e por partidos como o BE e o PCP, que a consideram um triunfo da justiça fiscal sobre a engenharia financeira.