O líder parlamentar socialista, Eurico Brilhante Dias, afirmou que, se necessário, o Governo poderia abdicar da descida de um ponto percentual do IRC para financiar a medida. O PS propõe ainda que qualquer aumento do ISP seja validado pelo Parlamento e que a receita adicional reverta para a descida do IVA em bens alimentares. Em resposta, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, considerou a proposta do PS “contraditória”.

Os partidos da coligação governamental, PSD e CDS-PP, apresentaram uma proposta para um suplemento extraordinário para pensionistas, mas condicionado à “evolução da execução orçamental”.

Outros partidos também avançaram com propostas fiscais significativas: o Chega defende um aumento permanente de 1,5% nas pensões e a eliminação do adicional ao ISP; a Iniciativa Liberal insiste na redução do IRS para duas taxas (15% e 30%) e na isenção de mais-valias na venda de imóveis; e o PCP propõe o agravamento da Derrama Estadual e a criação de um 10.º escalão de IRS.

O ministro das Finanças alertou que cabe ao Parlamento decidir se o Orçamento final manterá o excedente de 0,1% do PIB ou se as alterações o transformarão num défice.