A instituição europeia justifica esta deterioração com o impacto de "novas medidas permanentes", como o IRS Jovem, a redução das taxas de IRS, os aumentos salariais na função pública e os bónus nas pensões.
A análise de vários advogados fiscalistas corrobora a natureza "minimalista" do OE2026 em matéria fiscal, que privilegia a estabilidade, mas adia reformas estruturais aguardadas. Entre os pontos fracos apontados estão a manutenção de impostos criados como temporários, como a taxa adicional de solidariedade em IRS e a Derrama Estadual em IRC, e a ausência de renovação do SIFIDE, um importante incentivo ao investimento em investigação. Medidas relevantes como a redução progressiva da taxa de IRC e o regime de grupos de IVA foram remetidas para propostas autónomas, o que, segundo os especialistas, introduz "um grau de incerteza e reduz a previsibilidade". Do lado do setor empresarial, as prioridades para o orçamento são claras: o crescimento económico (66%) e a redução da carga fiscal, tanto em sede de IRS (60%) como de IRC (56%), refletindo a necessidade de aliviar a pressão sobre empresas e famílias para estimular a economia.














