A UTAO solicitou informações à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), ao Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ) e à Associação Portuguesa de Apostas e Jogos Online (APAJO), mas nenhuma das entidades dispunha dos dados necessários. No seu relatório, a unidade técnica que apoia o parlamento sublinha que a ausência de uma obrigação declarativa é “um entrave à existência de informação estruturada”. A UTAO considera que só uma alteração legislativa que crie “mecanismos e procedimentos que suprimam a lacuna na informação disponível” permitirá uma futura quantificação.

Adicionalmente, o organismo levanta dúvidas sobre a eficácia da medida como dissuasora de comportamentos aditivos, uma vez que a tributação incidiria sobre os ganhos anuais e não sobre o preço de cada aposta, onde “o sinal económico seria mais imediato”. A falta de informação sobre os ganhos dos jogadores impede, assim, o avanço de uma medida que poderia representar uma nova fonte de receita fiscal para o Estado.