Em alternativa, foi aprovada a possibilidade de um suplemento único, condicionado à margem orçamental.
A batalha política intensificou-se quando as propostas de Chega, PS e PCP, inicialmente chumbadas, foram avocadas para uma segunda votação, que confirmou a rejeição. O Chega propunha um aumento permanente de 1,5% para pensões até 1.567,5 euros, o PS defendia que qualquer suplemento extraordinário atribuído pelo Governo fosse convertido numa atualização permanente, e o PCP pedia uma atualização de 5% para todas as pensões, com um mínimo de 75 euros. A oposição argumentou a favor das medidas, com o deputado socialista Miguel Costa Matos a questionar a falta de verbas, apontando para o excedente de 6.600 milhões de euros da Segurança Social.
No entanto, o Governo manteve uma posição firme, alertando para os riscos orçamentais.
A secretária de Estado da Segurança Social, Susana Filipa Lima, advertiu que “qualquer aumento ou proposta de aumento adicional ao mínimo legal colocará em causa o equilíbrio e fará com que Portugal volte a ultrapassar a linha vermelha”. A única medida aprovada foi a proposta de PSD e CDS, que prevê o pagamento de um suplemento extraordinário em 2026, mas apenas “em função da evolução da execução orçamental”. Mesmo esta possibilidade foi temperada pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, que avisou ser “muito mais difícil” atribuir esse suplemento em 2026, devido ao peso dos empréstimos do PRR nas contas públicas.














