O imposto subiu cerca de 1,6 cêntimos por litro na gasolina e mais de 2 cêntimos no gasóleo.

A justificação do executivo assenta na necessidade de reverter gradualmente as medidas temporárias criadas durante a crise energética, seguindo as recomendações da Comissão Europeia.

No entanto, o momento escolhido para o anúncio foi duramente criticado pela oposição. O PS, através do seu líder parlamentar Eurico Brilhante Dias, acusou o Governo de ter "guardado este aumento de impostos" para depois da aprovação do Orçamento, lembrando que uma proposta socialista para usar a receita adicional do ISP para baixar o IVA dos bens alimentares foi chumbada pela AD e pelo Chega. A medida representa uma receita adicional para o Estado estimada entre 600 e 800 milhões de euros, um valor que, segundo a oposição, contradiz o discurso governamental de desagravamento fiscal. O ministro das Finanças, Miranda Sarmento, foi alvo de críticas por não ter abordado o tema durante o debate orçamental, o que alimentou a perceção de uma manobra política para evitar o escrutínio parlamentar.