As medidas fiscais para as famílias assentam em dois pilares.
Primeiro, a atualização automática dos escalões de rendimento em 3,51%, um mecanismo que visa mitigar o efeito da inflação e evitar que os aumentos salariais nominais resultem numa maior carga fiscal.
Segundo, uma redução de 0,3 pontos percentuais nas taxas marginais aplicáveis do segundo ao quinto escalão de rendimentos. Esta descida, com um custo estimado de 110 milhões de euros, procura beneficiar diretamente a classe média.
Adicionalmente, o Orçamento garante que os trabalhadores que auferem o salário mínimo nacional, que sobe para 920 euros em 2026, continuarão isentos de IRS. Para tal, o valor do "mínimo de existência" será atualizado para, no mínimo, 12.880 euros anuais, assegurando que o rendimento destes trabalhadores fica protegido da tributação. O documento mantém ainda o regime do IRS Jovem, que concede isenção total ou parcial sobre os rendimentos do trabalho para jovens até aos 35 anos, embora permaneça a dúvida sobre a sua acumulação com o prémio salarial para recém-diplomados. Este conjunto de medidas reflete a aposta do Governo num desagravamento fiscal gradual, com foco nos rendimentos do trabalho, procurando aumentar o rendimento disponível das famílias.














