Esta trajetória contrasta com a média dos países da OCDE, onde a carga fiscal atingiu um novo máximo histórico.

De acordo com o relatório “Estatísticas das Receitas 2025”, o rácio de impostos sobre o PIB em Portugal diminuiu 0,2 pontos percentuais, de 35,3% em 2023 para 35,1% em 2024. Esta descida sucede a uma outra, de 0,6 pontos percentuais, verificada entre 2022 e 2023. A tendência portuguesa é oposta à observada no conjunto da OCDE, onde “o rácio médio impostos/PIB dos países da OCDE aumentou 0,3 pontos percentuais”, passando de 33,7% em 2023 para 34,1% em 2024.

A organização sublinha que este valor representa “o nível mais alto de sempre” para os 38 países analisados. O relatório, que utiliza dados provisórios para 2024, refere que “muitos países da OCDE adotaram medidas destinadas a aumentar as receitas em resposta a pressões de curto e longo prazo sobre as despesas” públicas.

Portugal foi um dos 13 países onde o rácio diminuiu, enquanto este aumentou em 22 nações.

Em 2024, a carga fiscal nos países da OCDE variou entre os 18,3% no México e os 45,2% na Dinamarca.